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Saída ou permanência? As projeções da Ferrari na F1 em 2018

Muito se discute sobre a permanência ou a saída da Ferrari da divisão de elite do automobilismo mundial, a Fórmula 1, em 2018. Embora esteja colecionando algumas derrotas que não fazem parte de seu perfil vencedor há cerca de uma década, a tendência é que a escuderia continue se reforçando para que hajam melhores resultados na nova temporada. Deixar a competição, porém, não é assunto descartado.

F1 - Ferrari 2018
F1 – Ferrari 2018

Em defesa da permanência, existem alguns fatores importantes a serem levados em consideração: a história que a marca consolidou no mercado não somente na elite do automobilismo, mas também no comércio de automóveis mundiais, o forte apelo emocional que a Ferrari ainda consegue causar nos fãs do automobilismo e, sobretudo, o poderio financeiro – que está diretamente atrelado com a possibilidade da entidade estabelecer parcerias positivas para se manter na disputa da Fórmula 1.

Por outro lado, alguns acontecimentos recentes indicam que há, sem sombra de dúvidas, a hipótese da escuderia deixar a Fórmula 1 a partir do ano que vem. Talvez o principal deles seja o anúncio preliminar da desistência do patrocínio que o Banco Santander oferece não somente para a equipe, mas sim para toda a competição da F1 em si.

Rumores da imprensa internacional apontam que, se isto vier a se confirmar, a permanência da equipe italiana na principal modalidade do automobilismo mundial ficará insustentável – quando também podem passar a pesar os maus resultados conseguidos recentemente.

Mesmo sem troféu, a Ferrari melhorou nos últimos anos

Tecnicamente, é preciso considerar em muito o crescimento da Ferrari nos últimos anos enquanto uma das principais marcas representadas na Fórmula 1. Ao se debruçarem sobre um projeto pronto de 2016 e formatarem um carro bastante competitivo em 2017, os engenheiros da escuderia foram além das expectativas e deram conta do recado em uma temporada que teria, em tese, tudo para ser pior do que realmente foi.

A tendência é a de que os mesmos – e positivos – trabalhos alcancem resultados ainda mais satisfatórios em 2018 se a empresa italiana decidir pela permanência no torneio. Com pneus mais resistentes e melhoras na potência do carro é possível, sim, que a escuderia conquiste vôos maiores na próxima temporada.

Prova disso são os resultados conquistados na última temporada. Embora poucas pessoas acreditassem na briga da Ferrari pelo título, o alemão Sebastian Vettel surpreendeu e terminou a competição no 2º lugar (o campeão da edição foi Lewis Hamilton, da Mercedes). Ou seja, se as estruturas forem mantidas e, sobretudo, melhoradas para 2018, a tendência é que a equipe italiana brigue, sim, por mais troféus no ano que vem.

História

O primeiro título mundial de Fórmula 1 conquistado pela Ferrari aconteceu em 1952 e, nesta que foi a terceira edição da competição, o italiano Alberto Ascari era o piloto da escuderia. O último troféu como 1º colocado no ranking geral, por outro lado, foi conquistado há dez anos, em 2017, por Kimi Raikkonen. Houveram outros títulos neste intervalo de tempo (com destaque para o pentacampeonato de Michael Shumacher de 2000 a 2005) e é por estas conquistas que a escuderia quer e necessita manter sua história viva na divisão de elite do automobilismo mundial.

Além disso, o rótulo de ser a equipe mais antiga em atividade na categoria não pode e nem deve ser desperdiçado apenas por um mau momento. Ao todo, a Ferrari já conquistou 15 Campeonatos Mundiais de Pilotos, 16 Campeonatos Mundiais de Construtores e mais de 200 vitórias em Grandes Prêmios. Com recordes quebrados em boa parte destas conquistas, a entidade já se reergueu em outros diferentes momentos de sua rica história.

Fim do patrocínio

Se o final da parceria com o Banco Santander acontecer em vias de fato, os carros e macacões da Ferrari deixarão de levar a logomarca da empresa. Mais do que isso, 40 milhões de euros (o que representa cerca de 154 milhões de reais) deixariam de adentrar os cofres da escuderia, o que significaria uma perda relevante mesmo que para uma das equipes de maior tradição na Fórmula 1.

Vale lembrar que o patrocínio do Banco Santander atualmente se dá não somente para com a Ferrari, mas também na divulgação das corridas da Fórmula 1 como um todo. Para este segundo trabalho, a empresa investe R$ 38 milhões em patrocínio. Por intermédio de Fernando Alonso, ex-piloto da Ferrari, a parceria entre as empresas começou a valer a partir de 2010, mas, por questões contratuais, pode ser que a mesma seja desfeita para a próxima temporada, embora exista uma pequena possibilidade do Santander ser uma espécie de “patrocinador secundário” da equipe.

Os rumos para 2018

Caso não desista de continuar a ser uma das protagonistas na Fórmula 1 em 2018, a Ferrari buscará encurtar a diferença para as principais escuderias da modalidade (Mercedes e Red Bull Racing/RBR), que, juntas, somam os últimos oito títulos da modalidade. O britânico Lewis Hamilton é o atual campeão, com o alemão Sebastian Vettel sendo tetracampeão entre 2010 e 2013.

Por fim, a certeza de estar no caminho certo (vide os resultados da última temporada) devem dar o gás necessário para que a equipe se reerga e, mais do que isso, conquiste novos títulos nos próximos anos. Com a renovação da equipe de engenheiros e a tradição que somente a Ferrari é capaz de oferecer na modalidade, é possível formatar uma integração única e perfeita em torno de mais troféus a partir de 2018.

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